Principal desafio de separação de gêmeas siamesas de SP foi a divisão de fígado, diz médico

A cirurgia de separação das gêmeas siamesas Kiraz e Aruna, de 1 ano e 6 meses, em Goiânia, foi um sucesso, mas desafiou a equipe médica, segundo o cirurgião Zacharias Calil

Para ele, o principal obstáculo foi a divisão do fígado, um dos órgãos que ligava as duas crianças. Ao todo, o procedimento que separou as gêmeas durou cerca de 19 horas

"O maior desafio foi o fígado. A largura dele é muito alta. Então isso foi um fator que, na hora, a gente se preocupou. É um órgão vital, e tinha um sangramento muito grande no momento", contou o médico

"O fígado pra mim foi uma surpresa muito grande. A gente sabia que ele era espesso, mas daquela quantidade não. Não é um fígado normal que a gente tá acostumado a ver em qualquer paciente, o delas é um tumor que dividia os dois lados", completou

A cirurgia de separação aconteceu no último sábado (10) no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), onde as crianças seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

O quadro de saúde delas é grave, porém estável, considerado pelo hospital como dentro do que é esperado para o momento pós-operatório, conforme o boletim médico da manhã desta quarta-feira (14)

As gêmeas compartilhavam partes importantes do corpo como tórax, abdômen, bacia, fígado, intestino e tinha três pernas. Elas são de São de Igaraçu do Tietê, à 289 km de São Paulo

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