Médicos são indiciados por morte de empresária após cirurgia plástica

Dois médicos foram indicados pela Policia Civil (PC) por homicídio culposo praticado contra a empresária Fábia Portilho, de 52 anos, que morreu após cirurgias de mamoplastia e lipoaspiração, em Goiânia

Os profissionais são o cirurgião Nelson Fernandes, que realizou os procedimentos, e o plantonista Eduardo Lima de Melo Junior, que também a atendeu no pós-operatório

O inquérito concluiu que houve falhas graves no atendimento pós operatório à paciente, como a demora na realização de exames e tratamento

Em nota, o advogado Corby Eduardo Pereira Borba, defesa do plantonista, afirmou que ainda não teve acesso total ao inquérito policial, mas que a atuação do seu cliente se restringiu exclusivamente ao período pós-operatório, como a solicitação de exames e monitoramento do quadro clínico da paciente

Já a defesa do médico cirurgião informou que indiciamento decorre ainda em fase investigativa, sem oferecimento de denúncia ou formação de culpa e que o caso se trata de uma "fatalidade decorrente de complicação grave, porém reconhecida, associada a cirurgias plásticas extensas"

Em nota, o hospital onde foi feito o procedimento disse que colabora desde o início nas investigações. Considerou que, durante todo o atendimento, foram adotadas condutas médicas "baseadas em critérios técnicos, conforme os dados clínicos disponíveis e avaliações multiprofissionais"

De acordo com a Polícia Civil, o laudo cadavérico apontou que Fábia faleceu em decorrência de choque obstrutivo, ocasionado por extenso tromboembolismo pulmonar gorduroso, quadro associado a choque séptico e hipovolêmico, relacionados diretamente a complicações do procedimento cirúrgico e ao manejo pós-operatório

Ao POPULAR, a delegada responsável pelo caso, Lara Soares, explicou que, dentre as falhas apontadas pela investigação, se destacam a ausência de solicitação e realização em tempo oportuno de exames que seriam importantes para o diagnóstico

Segundo ela, também houve demora "injustificada" na administração de antibióticos e também na transferência imediata da paciente para um hospital com estrutura adequada pela gravidade dela, como Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e tomografia

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