Jogadores, técnicos e dirigentes são alvos de operação contra manipulação no futebol que movimentou R$ 11 milhões

A Polícia Civil de Goiás (PC) cumpriu na manhã desta quarta-feira (9) uma operação contra uma suposta organização criminosa especializada na manipulação de resultados em partidas de futebol

O grupo que envolve jogadores, treinadores, dirigentes de times e um ex-árbitro, movimentou cerca de R$ 11 milhões, inclusive por meio de plataformas de apostas, segundo a PC. Sete pessoas foram presas e um empresário goiano foi alvo de busca e apreensão

A Operação Jogada Marcada começou após um dos aliciadores procurar, em 2023, o presidente do Goianésia Esporte Clube da época, Marco Antônio Maia, que também é delegado. O intermediador teria ligado acreditando ser o contato da secretaria do clube

O delegado responsável pelo caso, Eduardo Gomes, afirmou que o grupo focava em times pequenos, por acreditar que eles seriam mais fáceis de serem manipulados, podendo alcançar outros clubes maiores por meio deles

“Iria começar a Série D do Campeonato Brasileiro. A intenção desse aliciador era que esse presidente de um clube de futebol (Goianésia) conseguisse contatos e oferecesse quantias para outros clubes de futebol”, declarou o delegado

Em nota, o Goianésia disse que o aliciador ofereceu também até R$ 500 mil para que o clube participasse do esquema de manipulação de resultados no Campeonato Goiano. O caso foi denunciado imediatamente, segundo o clube

Alguns dos investigados faziam parte de grupos em aplicativo de mensagens para combinar os resultados, disse o delegado: “São grupos ligados à manipulação e até propina. Através da análise dos aparelhos a gente vai ver quem são os membros”

A Operação Jogada Marcada cumpriu 16 medidas judiciais, entre mandados de prisão e de busca e apreensão, em Goiás e mais cinco estados: Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e Pernambuco

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