Caiado diz que STF 'julga, não vinga' e volta a culpar Lula

O governador Ronaldo Caiado (UB) inaugurou nesta terça-feira (22) discurso com críticas ao Judiciário, ao condenar a operação da PF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

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Caiado rejeitou o apontamento de obstrução da Justiça e ataque à soberania nacional supostamente cometidos pelo ex-presidente no processo de aumento das tarifas dos Estados Unidos ao Brasil e voltou a responsabilizar o presidente Lula (PT) pelo tarifaço.

"Eu sou um homem que respeito decisões judiciais. Isso é importante que seja dito, mas nós temos que entender os excessos que têm sido praticados. Esses excessos é que devem ser muito bem abolidos nesse momento e que cabe à Corte rever essas decisões. Assim eu espero", afirmou o governador em resposta ao POPULAR.

Os supostos excessos do STF, indicados por Caiado, se referem ao cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços de Bolsonaro, na última sexta-feira (18), com instalação de tornozeleira eletrônica e monitoramento de ações do ex-presidente.

Nesta terça, o goiano contou que recebeu as notícias sobre a operação com "muita tristeza" e defendeu que não se deve impor esse tipo de restrição a um réu que não foi julgado.

O governador questionou a decisão do ministro Alexandre de Moraes e argumentou que o ex-presidente tem mantido presença em todos os momentos do processo no STF. 

A ação da última sexta-feira contra Bolsonaro se baseou no suposto cometimento dos crimes de obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional, com o apontamento de que o ex-presidente teria contribuído para a taxação de 50% dos Estados Unidos sobre o Brasil.

Caiado, no entanto, negou que a possível participação de Bolsonaro e do filho dele, o deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL), possam justificar a ação contra o ex-presidente.

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